Lambe Lambe Express
Opa! Chegamos a Santa Rosa...cidade grandinha perto das
outras duas que estivemos.
O Sol continua brilhando e a perspectiva de um uma bela
apresentação está no ar.
Chegamos à Praça da Bandeira e assim que começamos a tirar as
coisas do carro, aparecem duas prendas (designação para as mulheres que se
vestem com vestidos específicos da tradição gaúcha) pra nos recepcionar.
Era
Daiane da Secretaria de Cultura e sua mãe que estavam vindo nos recepcionar e
nos dar as boas vindas.
Os ciganos começam a armar sua tenda para o espetáculo! Aparece então uma repórter muito atípica E, com
um gravadorzinho de mão e sem nenhuma identificação, começa a nos
entrevistar. Vai fazendo perguntas muito
engraçadas, e nós, sem saber direito o que estava se passando, vamos entrando
no jogo e respondendo as perguntas mais irreverentes. Em seguida a Rádio local
chega pra fazer uma entrevista ao vivo conosco diretamente da praça...opa!!! A
assessoria de imprensa ta bombando!!!
Mas eis que uma surpresa nos é reservada para esse dia. De
repente crianças muito pequenininhas começam a brotar da Praça da Bandeira e
vamos nos perguntando o que elas vieram fazer ali. Talvez algo em comemoração à
semana Farroupilha, ou um passeio pela praça numa tarde de sol. Mas o que não
contávamos é que aquelas 100 crianças ou mais estavam ali pra ver o Teatro
Lambe lambe.
Estado de choque em princípio. Conversa vai, coversa vem e a
solução aparece.
“Lambe lambe EXPRESS”.
Verdade!!! Decidimos fazer as histórias mais curtas do
que elas já são pra podermos atender aquelas muitas carinhas curiosas querendo
saber o que havia ali dentro daquelas caixinhas tão misteriosas.
Foi tudo muito
rápido, mas as crianças saíram da praça assim, satisfeitas e sorridentes. E
nós, com mais uma possibilidade na manga.
A cidade de Santa Rosa nos recebeu muito bem. Estamos
encantados com o povo gaúcho que, apesar daquele jeitão muito tradicional, é de
um coração muito aberto. À noite demos uma passadinha no Centro Cívico onde
tinha sido armado um ponto de encontro dos CTGs no qual abrigava a chama
tradicional e também era servida uma janta típica e bem deliciosa. Jantamos um
costelaço com aipim.
Nessas paragens ficaríamos mais 3 dias pois ainda faltava
ministrar a Oficina nos próximos dois dias e, no sábado, ainda teríamos um dia
de folga que resolvemos incluir na bagagem de Santa Rosa pois nesse dia 20 era o feriado estadual e os preparativos para
o desfile tradicional já estavam a mil por hora.
A oficina foi ministrada nas instalações do SESC que ajudou nessa
logística de espaço e divulgação.
Tudo transcorreu tranquilo e no sábado de manhã houve o
desfile, já que o tempo ajudou. Durante duas horas muitos GTGs e demais
entidades contam através dos carros alegóricos e blocos a história dos
imigrantes que vieram para essa região.
Nossa passagem por Santa Rosa foi incrível. Povo
hospitaleiro, tradicionalista e muito afetuoso.
Nesses caminhos e paragens, seguimos nós, os ciganos, levando
um pouquinho de cada lugar dentro dos nossos corações e deixando um pouquinho
de nossas histórias e mistérios.
O tempo vai passando e os ciganos continuam ventando pelos
Pampas Gaúchos. Sábado é dia de folga e lá vamos nós para as Missões, conhecer
um pouco mais sobre a história desse povo, dessa terra, desse tempo e desse vento.
Evoé!!!
Por Sandra Knoll
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