LOANDA
Dia 18 (terça-feira) foi nosso
dia de folga. Os Filhos do Vento foram ventar pras bandas da Foz do Iguaçu, com
direito a uma passadinha na capital mundial do Samsara ( termo budista para designar a ignorância do verdadeiro eu e a crença na realidade do mundo temporal e fenomenal) , a Ciudad Del Leste -
Paraguai. Ainda bem que fomos da manhã, pois, à tarde nos purificamos nas
Cataratas do Iguaçu, lugar onde a energia brota das nuvens que se formam com a
força da água que bate nas pedras. Um lugar maravilhoso que dá vontade de sair
pulando e gritando de tanta energia que
rola.
Já na quarta-feira, dia 19, foi
nosso dia de trânsito para a penúltima cidade do circuito. Loanda-PR. Cidade do
nosso querido amigo, parceiro e apoiador José Matarezi.
Foi uma viagem longa, quase 7
horas de viagem com direito a parada numa cidadezinha minúscula que tinha uma
lojinha de produtos naturais na qual pudemos reabastecer o estoque de linhaça,
chia, e todas as coisinhas de quem está tentando sobreviver na dieta da
nutricionista, coisa que não está sendo nada fácil.
Bom, nossa chegada foi triunfal.
Diretamente pra farmácia da cidade pois a coleguinha Jô tava se contorcendo de
cólicas. Mas depois ficou tudo bem, ela foi dopada com remédios e dormiu como um anjinho, depois acordou
novinha em folha.
Junto com a nossa chegada chegou
também a chuva. Mas pense numa chuva! Aliás, essa chuva continuou nos dias
seguintes, mas não atrapalhou o brilho da apresentação que aconteceu na
FACINOR- Faculdade Intermunicipal do Noroeste do Paraná.
Há muito tempo existia o sonho de
trazer nossos espetáculos para Loanda. Nosso amigo José Matarezi sempre
se empenhando nessa ação, e finalmente conseguimos adentrar aos portais de
Loanda e FACINOR. FILHOS DO VENTO ventaram para o público curioso dos cursos de
artes, pedagogia, educação física, etc.
Um agradecimento especial à Alba
Matarezi, Adriana C. Medeiros e Vilma de Campos Ribeiro, todas
queridas amigas que acreditaram nessa proposta e, adiantando-se, viabilizaram
uma oficina de Teatro Lambe-lambe, aproveitando nossa passada por aqui, para
esse público tão ávido por essa
linguagem artística. Obrigada também ao querido Carlos, nosso "anjo" que nos
acompanhou dando suporte na hora da apresentação.
Da esquerda para a direita: Prof Vilma, Alba Matarezi e Prof Adriana Carvalho Medeiros |
O workshop aconteceu em seguida e
foi muito bacana. Uma galera bem motivada, pois, essa mesma galera iria fazer a
oficina no dia seguinte. E lá estava a nossa contadora de histórias mor, a
Adriana. Ela sempre com os olhos atentos e aquele sorriso grande de felicidade
e disposição. Com certeza ela tem potencial para ser uma multiplicadora da
linguagem Lambe Lambe.
A Cidade de Loanda é muito
peculiar. Uma cidade toda projetada na década de 1950 com construções
predefinidas para ser uma cidade do futuro. Todo esse trabalho foi realizado
pela Empresa Colonizadora Norte do Paraná. Uma dessas obras é o Cine Teatro
Loanda, antigamente chamado de Cine Teatro Guanabara.
Hoje, dia 21 de março,
sexta-feira, fomos lá conhecer o Cine Teatro. É incrível
que numa cidade com menos de 30 mil habitantes exista um teatro em pleno
funcionamento. Ou pelo menos existe uma estrutura que possibilita e viabiliza a
apresentação de teatro/dança/música, o que em muita cidade grande ainda não
existe.
Com certeza voltaremos a
Loanda. Esperamos poder trazer outros espetáculos para esse público generoso,
pessoas queridas e amorosas que nos acolheram com tanta generosidade.
Queremos aqui deixar os nossos
agradecimentos mais afetuosos à Dona Lenita e Sr. Mario Matarezi que nos hospedaram em sua casa. Muito bom poder nos sentir em casa depois de tanto tempo
na estrada.
Alba e Evandro, muita
gentileza de vcs em nos receber com aquele peixinho maravilhoso e tanto amor no
coração. Gratidão imensa. À pequena Wieck que já não é mais tão pequena; bom
ver você nesse caminho da arte com tanto amor pela dança. E claro, as poderosas Tereza e Anita .
E um agradecimento
muito afetuoso pro nosso querido amigo Mata, o Zé como é chamado em
Loanda, por ter nos incentivado a conhecer essa cidade que lhe traz muitas
recordações e que foi projetada um dia para ser a cidade do futuro mas que
resolveu continuar sendo a cidade acolhedora à moda antiga.
Por Sandra Knoll
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